Não tinha como deixar passar um elemento tão intenso que me apareceu nesse último mês.
A laranja.
É bastante estranho pois nunca fui muito de comer laranjas. Na verdade, nunca gostei. Minha mãe era quem me obrigava a comer por causa da vitamina C.
Mas não é disso em específico que eu quero falar.
Quero falar do meu desejo em saborear laranjas.
Quero falar do sabor, do pé, da arte, da poética, da dança, do amor, do teatro, da vida em si.
Devido a uma apresentação que o Grupo UAI Q DANÇA fez no Festival de Dança do Triângulo, meu gosto por laranjas surgiu.
Bom. O fato é a história da menina que tentou pegar laranjas do vizinho.
E depois de tanto sacrifício, sofrimento, joelho esfolado de ter de escalar o muro, ela se deparou com uma placa que dizia assim: "Pegue quantas laranjas quiser, mas cuidado! Não pegue o pé inteiro!"
Meio triste concordou com a proposta pois era lógico que não conseguiria carregar um pé de laranjas tão grande. Por pouco pensou que nem compensaria pegar algumas laranjas...
Mas se valessem a pena ela comeria gomos sem desfalcar o pobre do pé, afinal, ele tem que dar de comer a outras pessoas não?
Portanto, eu, estou começando a descascar algumas laranjas. E só lembrando da cina da menina, acho que sei pq ela ficou triste de não carregar o pé inteiro.
O pé de laranja poderia fazer sombra, poderia proteger da chuva, poderia acolher na hora certa.
Mas acho que ela logo pensou: "Bem, posso encontrar um pé de manga ou outra fruta qualquer que esteja num terreno baldio e que não tenha nenhuma placa.
Bom, espero que essas lararanjas que eu estou descascando, estejam doces e que esse mel dure o quanto tiver que durar.
Não ligue se vc não entendeu nada, ok...
O colchão entende!
Beijo sabor laranja
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